Somente Sou
A flecha que lancei
voltou como um vulcão
que escarra suas tripas
Do manto gosmento escarrado
meu coraçao oco putrificado
começara a formentar desgraças
No soluço trêmulo
ânsias convulsivas saltam
para fora de minha língua maldita
Desesperadamente regurgitei por dias
o sumo metálico
de minha saliva corrosiva
Somente Eu
coeso caixão
íma armagurado lacrado na memória
Pilhas Rayovacs se Estouram
derretendo dentro do meu cérebro
Pelo nariz vomito óleo
Na fragilidade exposta
pelo reflexo da inquietação
meu amor vingativo se produz
Encapado
navega
de extremo a extremo
de minha alma
No inferno da escolha do agora
embora antes mesmo do gosto amargo
fostes eu criatura dele
somente
(12/2007) guto
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
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Um comentário:
Oie guto!
Nossa, eu gostei muito do poema. Sabe o que me lembrou?
Augusto dos Anjos no poema "Versos íntimos": "Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"
E valeu pelo comentário no meu blog :D
Mas eu sou uma pessoa comprometida agora, viu? Casamento certo!
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